Prazer, me chamo Lola  

sábado, 21 de março de 2009

Oi, primeiramente, gostaria de dizer que isso não é um veiculo de demagogia de programa, mas apenas uma forma que eu encontrei de dividir meus sentimentos, afinal,nem todas as gp tem alguém em quem confiar para desabafar suas angustias, medos e chorar quando necessário.

Como a maioria das garotas como eu, meus pais nunca desconfiaram que sua filha fazia isso. Nos fins de semana dizia que ia para festas (o que não deixa de ser verdade, mas as vezes essas festas acabavam em algum motel ou algo parecido) e na semana dizia que iria fazer trabalhos de faculdade na casa de uma colega e dormir por la, simples, mas cruel, é horrível ter que mentir, mas assim é a vida. Isso foi só durante os primeiros meses, pois depois fui dividir apartamento, aí já não precisava dar satisfações da minha vida. Ou melhor, não precisava dar "muitas" satisfações, pois afinal, o dinheiro tinha que vir de algum lugar, e além disso haviam as viagens também...

Bom agora que já sabem um pouco de mim, podem conhecer detalhes de minha vida seja você um vouyer ou apenas um curioso sobre minhas aventuras e desventuras no pais das nem tão maravilhas assim,

continuem sempre comigo...

beijos.

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O que este blog significa pra mim  

O que este blog significa para mim?

Uma forma de encarar o passado, se desnudar e desmistificar a prostituição.

Sou uma dessas pessoas, como dizem os franceses, que se poderia dar a comunhão sem a confissão. Tento manter uma elegância discreta, boa plástica, grande capacidade de escuta. Enfim sou uma mulher que passa desapercebida pelas ruas.

De fato, não tenha mais nada de mulher fatal ou de vamp. Na minha vida, porém, já enfrentei uma barra, aos 18 anos, quando, de livre e espontânea vontade, vendi meu corpo e, conduzida pela mão do destino, fui parar na Europa para "tentar a sorte, sem saber o que ia enfrentar".

Como garota de programa ou acompanhante nos cabarés e boates, conheci na própria pele o cotidiano das pessoas que embarcaram nessa "viagem" de difícil retorno.

Pretendo retratar "sem falso glamour" o dia-a-dia da profissão: as emoções, as lutas interiores, as dificuldades, as misérias, os sofrimentos, a mesquinhez dos donos de boates e cafetinas, para não falar do pavor que as clandestinas têm da polícia. Ou seja, o mundo em que vivi e também pessoas de meu círculo de trabalho.

O meu blog embora seja identificável com o gênero diário, evita a monotonia de um texto cronológico. Na verdade é uma sequência de flashbacks.

Aqui você irá conhecer a garota de 18 anos que transpôs uma fronteira proibida de uma boate carioca que mudaria o rumo de minha vida quando perdi "o tesouro da inocência", vai percorrer toda minha trajetória, desde os programas feitos através de cafetinas, nos 3 primeiros meses que me prostitui através de anúncios em jornais no Brasil às varias temporadas que exerci a profissão na Europa, em boates do Rio e em São Paulo. Anos de aventuras, poucas alegrias e muita ilusões e frustrações.

Quem lê este blog pode se perguntar: O que é realidade? O que é ficção? Acreditem no que quiserem, porém não tenho por que mentir. Além do mais, é óbvio que não citarei nomes, até por que se fizesse isso, muitos realmente não iriam acreditar... rsrs. Pois é, não são apenas os anônimos que nos procuram... se eu fizesse uma lista com os famosos com que eu e algumas amigas já saíram, nossa ... seria longa, viu? Juntando-se a isso, se eu ainda fosse falar taras de alguns famosos acima que qualquer suspeita... mas deixemos isso pra lá.



Exorcizar o passado, essa é meu objetivo.


Mexer no passado é muito complicado. É difícil, algumas vezes até mesmo doloroso, mas o simples fato de escrever é muito liberatório, ajudando-me a externar emoções e sentimentos.


A finalidade do blog é tentar compreender o significado de minha experiência. Tomei a decisão de contar o meu passado, com o objetivo talvez ajudar outras pessoas. Se tivesse lido um blog como o que eu pretentedo escrever, há alguns anos atrás, eu teria sabido exatamente o que ia enfrentar. Não teria sido enganada com o glamour de ir para Europa tentar a sorte, nem me iludiria com esse dinheiro que entra rápido (de forma alguma fácil), porém vai rápido também.

Esse passado, eu costumo ver como uma "nuvem negra" em relação à qual tenho um vínculo de amor e ódio. Hoje sou o que sou porque vi o glamour e a miséria da Prostituição, as coisas lindas e maravilhosas... Mas vi também a boca do lixo. A miséria humana.


Ficou uma cicatriz? Ficou sim, dentro de cada ser humano existe um tesouro, a inocência. Quando alguém toma a decisão de vender o próprio corpo, depara-se com outro aspecto do ser humano que paga pelo sexo. A gente passa a conhecer o lado mesquinho do ser humano.

Não saímos ilesos porque fica uma ferida, morre um pedacinho da inocência, daquela confiança que temos nas pessoas.


Sei que estou enrolando muito para iniciar a falar do dia-a-dia que eu levava. Admito. Prometo que nos próximos posts já inicio a narrar o que vi e vivi nesta difícil vida fácil.

Beijos da Lola

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terça-feira, 17 de março de 2009

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Uma menina ambiciosa  

Nasci no subúrbio do Rio de Janeiro, porém não havia a menor intenção de continuar vivendo ali.

Eu queria mais, muito mais. Aos 17 anos já vivia na zona sul do Rio, aos 18 fiz meu primeiro programa, aos 20 fui trabalhar fora do Brasil.

Mas vamos começar do início, rsrs...

Era uma adolescente super tímida, com uma tremenda baixa auto-estima, cheia de complexos, tive pouquíssimos namorados, não era uma garota muito popular. Enfim, não havia nada em mim que indicasse que no futuro estaria frequentando os puteiros da vida, as orgias, a vida na noite.

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Meu diario  

Pensei muito antes de criar este diário virtual. Fiz anos de terapia, onde desejava colocar pra fora tudo o que havia passado como garota de programa. Momentos alegres, tristes, curiosos, hilários, enfim um mundo de sentimentos e situações.

Sempre que falo dos momentos que vivenciei me sinto mais leve, é como fazer uma confissão em que os "pecados são perdoados".... rsrs

Aqui não narrarei contos eróticos, somente a realidade...

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